Ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques é condenado a pagar mais de R$ 500 mil por uso político da instituição na eleição de 2022

  • 14/08/2025
(Foto: Reprodução)
Silvinei Vasques Reprodução TV Globo O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi condenado a pagar multa de quase R$ 550 mil por improbidade administrativa. A ação movida pelo Controle Externo da Atividade Policial do MPF-RJ alegou que ele usou o cargo de forma indevida durante a campanha eleitoral de 2022, ao pedir votos de forma irregular para o então presidente Jair Bolsonaro (PL). Por decisão unânime, a 8ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) derrubou a sentença de primeira instância e concluiu que Silvinei utilizou a estrutura, os símbolos e a visibilidade da PRF, de forma reiterada, para promover a candidatura de Bolsonaro, que disputou a reeleição e foi derrotado por Lula (PT). Silvinei foi condenado a: pagar multa no valor correspondente a 24 vezes o salário de quando era diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, o que significa, segundo o MPF, R$ 546,6 mil; proibição, por quatro anos, de contratar com o Poder Público ou receber benefícios fiscais, ou creditício. Silvinei, que pode recorrer da sentença, recusou as ligações da TV Globo. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Entrevistas, post, eventos e até pedido explícito Segundo a decisão, as condutas incluíram entrevistas, publicações em redes sociais usando uniforme e símbolos da PRF, presença em eventos oficiais e até pedido explícito de voto na véspera do segundo turno. Em uma cerimônia oficial, ele chegou a entregar ao então ministro da Justiça, Anderson Torres, uma camisa do Flamengo com o número 22, o mesmo usado na urna por Bolsonaro. Na época, ele negou relação com o candidato e disse que poderia ser 2022 ou Rodinei, ex-jogador do Flamengo. Para o tribunal, ficou comprovado que esses atos ocorreram dentro da administração pública, com uso de recursos do Estado, caracterizando desvio de publicidade institucional para fins eleitorais e violando princípios como legalidade, impessoalidade e moralidade. O Ministério Público Federal (MPF) argumentou que a improbidade se configurou mesmo quando as manifestações ocorreram em redes sociais pessoais. Para os procuradores, a conduta criou uma “confusão intencional” entre as manifestações do cidadão e da autoridade máxima da instituição, ferindo a exigência de neutralidade. O TRF2 reconheceu que as ações foram deliberadas, com objetivo político-partidário e possível interesse pessoal, como a manutenção no cargo. A decisão foi destacada pelo procurador da República Eduardo Benones, que é coordenador do Controle Externo da Atividade Policial do MPF-RJ, como um marco para reforçar que as estruturas do Estado existem para atender ao interesse público e não a campanhas eleitorais. "A decisão do TRF2 é importante , dentre outros aspectos , porque reforça a convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (Mérida) da qual o Brasil é signatário. Além de sinalizar fortemente que todas as Instituições do Estado , inclusive as instituições policiais , bem como seus dirigentes e gestores devem , no exercício de suas atribuições, estar profunda e unicamente comprometidos com os interesses públicos e a observância e consolidação do processo democrático", disse Benones. Relembre abaixo reportagem de quando Silvinei virou réu pelo caso: Diretor-geral da PRF vira réu por improbidade administrativa

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/08/14/ex-diretor-geral-da-prf-silvinei-vasques-e-condenado-a-pagar-mais-de-r-500-mil-por-uso-politico-da-instituicao-na-eleicao-de-2022.ghtml


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